Para analisar a função erétil, os médicos podem utilizar o questionário IIEF (sigla em inglês): o Índice Internacional de Função Erétil. Então, dependendo da pontuação obtida pelo homem, esse questionário semi-quantitativo permite avaliar de forma clara e precisa uma possível disfunção erétil.
Amplamente utilizado nos Estados Unidos e na Europa, esse questionário tem a vantagem de ser objetivo e de diagnosticar rapidamente uma disfunção erétil, mesmo que ele não substitua uma entrevista com o paciente.
Antes de falar sobre a pontuação IIEF-5, vamos recordar brevemente como funciona a ereção, quais as suas condições e alguns critérios de duração ou rigidez.
Índice
Como uma ereção funciona?
Podemos definir a ereção de uma forma muito simples: o inchaço ou endurecimento (tensionamento) do pênis para permitir a penetração.
Inicialmente destinada à reprodução, como muitas das coisas que envolvem a sexualidade, descobrimos que a ereção é também um bom medidor da saúde em geral, principalmente vascular ou neurológica.
E, além da ereção permitir a penetração ou certas práticas durante as relações sexuais, a sua função também parece manter a saúde do pênis, especialmente à noite ou de manhã, com aquilo que chamamos de ereções noturnas ou matinais.
Como a ereção acontece?
Após uma estimulação sexual, que pode ser muito variável de uma pessoa para outra (uma excitação, uma fantasia, um impulso, uma carícia, um cheiro, uma memória, etc.), certas zonas específicas do cérebro são ativadas a fim de enviar um comando através do sistema nervoso para o pênis.
Esse comando, essa pequena corrente elétrica, irá circular do cérebro para o pênis, passando pela medula espinhal. Então, é esse sinal elétrico que fará o pênis inchar e se encher de sangue.
A corrente elétrica vai liberar diferentes moléculas químicas, principalmente o óxido nítrico. Essa molécula é muito importante, porque ela vai desencadear toda uma série de outras reações químicas – incluindo a diminuição de cálcio nas células musculares que circundam as artérias.
Assim, quando o cálcio diminui, os músculos das artérias também relaxam. Tudo isso a fim de permitir que o sangue entre no pênis apressadamente e provoque a ereção.
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Função erétil: como conseguir uma boa ereção?
São necessários vários ingredientes para se conseguir uma ereção boa.
Em primeiro lugar, são necessários excitação e desejo para desencadear impulsos nervosos, desde o cérebro até ao pênis. Por isso, para transmitir essa informação do cérebro para o pênis, é necessário um bom sistema neurológico.
Mas isso não é tudo: as artérias, veias e músculos em volta do pênis também devem funcionar corretamente; portanto, é necessário também um bom sistema vascular ou cardiovascular.
E, por fim, é preciso um certo equilíbrio hormonal, especialmente em relação à secreção de neurotransmissores, hormônios e várias outras moléculas responsáveis pela ereção.
Em resumo, tudo o que pode alterar o desejo ou a excitação, o sistema vascular, neurológico ou hormonal, pode alterar a qualidade da ereção!
É por todas essas razões que não se deve subestimar a importância de uma rotina saudável.
Por isso, os médicos recomendam um estilo de vida saudável (dieta equilibrada, prática regular de esportes ou de exercícios físicos, redução ou interrupção completa do tabagismo e do consumo de álcool, sono regulado, etc.)… Tudo a fim de promover as funções fisiológicas.
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Como avaliar a sua ereção?
O diagnóstico da disfunção erétil se baseia em uma entrevista com o paciente (no consultório ou mesmo em um ambiente online, através de teleconsultas) e/ou em questionários formais.
Embora os questionários possam ajudar bastante, eles não substituem a avaliação de um médico. De qualquer forma, eles fornecem uma avaliação mais objetiva da gravidade dos sintomas.
O questionário IIEF (International Index of Erectile Function), cientificamente validado e traduzido para muitas línguas, é utilizado para avaliar a função erétil de um paciente.
Na sua versão curta, ele inclui 5 perguntas e avaliam principalmente:
- a frequência com que o pênis incha o suficiente para permitir a penetração;
- a frequência com que a penetração é possível;
- e a frequência com que a ereção se manteve durante a penetração;
- além disso, a satisfação do um paciente com a própria ereção;
- e, por fim, a confiança dele na própria capacidade de ter ereções.
Assim, para além de julgar uma possível disfunção erétil, esse questionário também nos permite saber se se trata de uma disfunção erétil leve, moderada ou grave.
O questionário está logo após o vídeo:
Como os problemas de ereção podem se desenvolver com o passar dos anos [Vídeo]
Muitos pensam que problemas de ereção só ocorrem com homens mais velhos, mas a disfunção erétil em jovens está muito presente hoje em dia. Você sabe o que provocam esses problemas de ereção? Então, acompanhe com o Dr. João Brunhara a evolução da disfunção erétil, incluindo sintomas, tratamento e os problemas de ereção psicológicos.
O questionário e a pontuação do IIEF: o Índice Internacional de Função Erétil
Esse é o questionário oficial para avaliar a função erétil, mas ele não substitui um diagnóstico médico. Esse questionário permite avaliar a própria função sexual ao longo dos últimos 6 meses:
I. Quanta certeza você tem de que pode ter uma ereção e de que consegue mantê-la?
1. Não muita certeza
2. Um pouco
3. Estou mais ou menos certo disso
4. Com bastante certeza
5. Estou completamente certo
II. Nos momentos em que você teve ereções após estímulos sexuais, com que frequência o seu pênis ficou suficientemente rígido (duro) para permitir a penetração?
0. Não pude ter relações sexuais
1. Quase nunca ou nunca
2. Raramente (pouquíssimas vezes, considerando todas que já aconteceram)
3. Às vezes (mais ou menos na metade das vezes)
4. Na maior parte das vezes
5. Quase todas as vezes ou todas as vezes
III. Quando teve relações sexuais, com que frequência conseguiu manter o pênis ereto após penetrar a sua parceira ou parceiro?
0. Não pude ter relações sexuais
1. Quase nunca ou nunca
2. Raramente (pouquíssimas vezes, considerando todas que já aconteceram)
3. Às vezes (mais ou menos na metade das vezes)
4. Na maior parte das vezes
5. Quase todas as vezes ou todas as vezes
IV. Durante a relação, quão difícil foi para você manter uma ereção até ao fim do sexo?
0. Não pude ter relações sexuais
1. Extremamente difícil
2. Muito difícil
3. Difícil
4. Um pouco difícil
5. Não foi difícil
V. Quando tentou fazer sexo, com que frequência ficou satisfeito com a relação?
0. Não pude ter relações sexuais
1. Quase nunca ou nunca
2. Raramente (pouquíssimas vezes, considerando todas que já aconteceram)
3. Às vezes (mais ou menos na metade das vezes)
4. Na maior parte das vezes
5. Quase todas as vezes ou todas as vezes
Como determinar o resultado: disfunção erétil grave (pontuação 5-10), ou moderada (11-15), ou leve (16-20); por fim, função erétil normal (21-25) ou impossível de interpretar (1-4).
Eu não sabia que dava para melhorar a ereção naturalmente. Mas dá! Esse curso tem exercícios e técnicas muito boas, práticas e fáceis de incorporar no dia a dia, e o médico que ensina é excelente. Ah, e o suporte contínuo e o acompanhamento de todos os especialistas fazem toda a diferença.
— Alexandre M., 28 anos
CONHEÇA A SUA SOLUÇÃOTeste de ereção: conclusão
Enfim, na própria definição de disfunção erétil há muito espaço para a subjetividade, para o que o próprio homem sente.
Por exemplo, uma disfunção erétil se resume muito simplesmente pela “incapacidade ou dificuldade em se obter ou manter uma ereção suficiente para uma relação sexual satisfatória”. Os critérios de rigidez ou duração da ereção, portanto, não aparecem nessa definição.
Em outras palavras, é o homem, em primeiro lugar, que julga se a sua ereção é ou não suficiente para uma relação sexual satisfatória:
Mesmo assim, não deixe de falar com um urologista online para obter uma orientação mais precisa e adaptada ao seu caso.
Referências
- Raymond C. Rosen, Alan Riley, Gorm Wagner, Ian H. Osterloh, John Kirkpatrick, Avanish Mishra. International index of erectile function (IIEF): classificação multidimensional de avaliação da disfunção erétil.
- Ana I. Gonzáles, Sabrina W. Sties, Priscilla G. Wittkopf, Lourenço S. de Mara, Anderson Z. Ulbrich, Fernando L. Cardoso, T. de Carvalho. Validação do Índice Internacional de Função Erétil (IIFE) para Uso no Brasil.