A gonorreia (ou blenorragia) é uma infecção sexualmente transmissível (IST) bastante comum. Ela é provocada por uma bactéria chamada de gonococo ou Neisseria gonorrhoeae: o nome vem de seu descobridor, o cientista Albert Neisser.
A gonorreia afeta principalmente os órgãos genitais e o sistema urinário, fazendo com que, muitas vezes, a pessoa afetada sinta dores nesses órgãos, no reto, no ânus ou na garganta. Quando não tratada, ela acarreta complicações.
Nas últimas décadas, a gonorreia tem se tornado cada vez mais resistente aos antibióticos. É uma doença com cura, mas o aumento no número de casos no mundo todo é preocupante.
Índice
Quem são os mais afetados pela gonorreia?
Assim como acontece com a clamídia ou com a sífilis, os jovens são os mais atingidos: mulheres entre 16 e 24 anos e homens entre 29 e 34 anos.
Além disso, os mais afetados são os homens.
Gonorreia: modos de transmissão
Como acontece com todas as ISTs, a pessoa pode contrair a gonorreia durante uma relação sexual desprotegida (vaginal, anal ou sexo oral em homens e mulheres)… Mas é possível também transmitir a infecção através de roupas sujas ou em banheiros públicos.
Por fim, a gonorreia é transmissível entre mãe e filho durante o parto, podendo causar conjuntivites.
Sintomas da gonorreia
O período de incubação da infecção é de 1 a 14 dias (na maioria das vezes de 2 a 5 dias); desse modo, depois desse período, a doença se manifesta. Às vezes, porém, a pessoa pode ser assintomática em relação à gonorreia.
Geralmente, a infecção atinge os órgãos genitais, mas pode se espalhar para o reto, para a garganta, provocando irritação e vermelhidão.
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Em homens
Os principais sintomas aparecem de 2 a 14 dias após a contaminação:
- coceira no meato uretral
- dor intensa ao urinar
- corrimento uretral amarelado ou esverdeado (pus)
- inchaço dos testículos, que pode provocar dor
As manifestações desses sintomas podem ser: uma uretrite (infecção da uretra) ou uma epididimite (inflamação do epidídimo, o canal que liga o testículo à próstata).
Em mulheres
Os sintomas aparecem entre 2 e 21 dias, e novamente: às vezes, a infecção não apresenta sintomas.
O risco de complicações é maior nas mulheres, como, por exemplo: estreitamento da uretra ou cistite crônica.
Os principais sintomas são:
- corrimento vaginal
- disúria (dificuldade ou dor para urinar)
- sangramentos vaginais
- dores abdominais
- dor durante as relações sexuais
As principais complicações da gonorreia não tratada são: infertilidade e gravidez ectópica.
Diagnóstico
Para diagnosticar a gonorreia, é necessário realizar um exame de coleta com cotonete na uretra ou através da secreção uretral; além disso, geralmente é necessário um exame de urina.
Nas mulheres, os procedimentos são os mesmos: coleta de secreções vaginais e análise de urina.
Enfim, podem-se realizar outros testes, dependendo da progressão da infecção nas regiões anais ou na garganta.
Guia das Infecções Sexualmente Transmissíveis [Vídeo]
Chegou dezembro e, com ele, a campanha Dezembro Vermelho. Então, preparamos um pequeno guia sobre todas as Infecções Sexualmente Transmissíveis (as ISTs). Dentre elas, o HIV (ou AIDS), gonorreia, sífilis, HPV e a hepatite B, por exemplo. E tiramos também algumas dúvidas, como os sintomas do HIV, se já há cura sobre a infecção, sífilis, o que é gonorreia, qual a diferença entre HIV e AIDS e por que não se usa mais o termo DST, mas sim IST. Confira tudo isso e mais um pouco!
Tratamentos médicos
Em primeiro lugar, é importante lembrar que a melhor proteção contra ISTs é o preservativo.
Se algum dos sintomas acima estiver presente, é imprescindível consultar um médico.
Do mesmo modo, recomenda-se passar por exames anualmente caso a pessoa tenha diferentes parceiros sexuais.
Enfim, o tratamento se baseia na ingestão de antibióticos de dose única ou por injeção intramuscular. O tratamento pode se estender na presença de outras ISTs, como a clamídia, por exemplo, que acompanha com frequência a gonorreia.
Além disso, durante o tratamento e nas semanas seguintes à recuperação, o paciente deve se abster de quaisquer relações sexuais.
Conclusão
A gonorreia afeta muitas pessoas no mundo todo. No Brasil, ela é uma das mais comuns, junto da sífilis, das hepatites e do HPV.
A prevenção é uma questão de saúde pública. Portanto, é importante conscientizar os jovens dos riscos (conhecimento sexual e médico) e dos comportamentos preventivos (uso de preservativos, de gel lubrificante em vez de saliva, etc.).
A pessoa diagnosticada com gonorreia deve informar seus parceiros e respeitar o protocolo de tratamento.
Referências
- Yara Lescura, Ribeiräo Preto, 1994. Doenças sexualmente transmissíveis: sífilis, gonorréia e AIDS no espaço de vida dos alunos universitários.
- Revista Saúde e Conhecimento; Kananda Demetri. Cuidado com a super gonorreia.
- Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, vol.33 n.5, 2000, Gerson O. Penna, Ludhmila A. Hajjar e Tatiana M. Braz. Gonorréia.
Gonorréia, há mais de 30 dias, já tomei antibióticos por 2 vezes intercaladas e ainda voltou.
Amei muito esses recados
Ja fiz o tratamento com dose única, so que teve relação sexual apos 3 dias, existe o perigo de transmisao?
Eu já fiz o tratamento mais ainda tenho dor abaixo do umbigo e coceira na uretra e um pouco de dor na glande me ajudem por favor
Como faço doutor já estou com 5 meses e já tomei vários medicamentos e não fiquei bom dessa doença
Preciso passar por um especialista
Será que depois de estar avançada, ainda pode-se tratar e poder ter a nossa fertilidade em condições.
Em caso do homossexual o escorrimento e so no penis ou reto tbm
O tratamento da gonorréia é de graças os medicamentos tem no SUS .
Muito obrigado pela informação
Legal
Pq custa tão caro o tratamento da gonorréia?
A gonorreía pode ficar no organismo da mulher, por pelo menos 2 meses, sem ela ter sintomas?
O vírus pode ficar silencioso no organismo feminino por meses ou anos, até aparecer sintomas mais graves?